O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente entre homens no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para 2022, são esperados mais de 65 mil novos casos. Em 2020, foram registrados 15,8 mil óbitos, segundo dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade). O Ministério da Saúde alerta sobre a prevenção e o diagnóstico precoce, estratégia que tem por objetivo identificar o tumor na fase inicial.
Segundo o INCA, em grande parte das vezes, o câncer de próstata possui evolução silenciosa, podendo não apresentar sinais e sintomas. Contudo, as manifestações clínicas mais comuns são:
Dificuldade de urinar;
Demora em iniciar ou finalizar o jato urinário;
Diminuição do jato urinário;
Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite;
Presença de sangue na urina.
Esses sintomas são inespecíficos e é necessária avaliação médica para fins de diagnóstico diferencial. No entanto, o INCA recomenda que os homens estejam alertas a esses sinais e que quando necessário, procurem o serviço de saúde o mais breve possível.
Os principais fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento do câncer de próstata são:
Idade: fator mais bem estabelecido, pois o risco aumenta com o avançar da idade, atingindo principalmente homens acima de 60 anos;
Hereditariedade: homens que possuem familiares de primeiro grau, pai e/ou irmão, que tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos possuem maior risco;
Obesidade: o efeito da gordura corporal sobre o aumento do risco tem sido observado apenas para cânceres de próstata avançados, de alto grau e fatais, indicando uma associação com pior prognóstico.
Neste sentido, é importante reforçar que a adoção de hábitos saudáveis de vida, como realizar atividade física, manter o peso corporal adequado, ter uma alimentação saudável, evitar bebidas alcoólicas e não fumar são fundamentais para prevenir diversas doenças crônicas, dentre elas, o câncer.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece de forma gratuita exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos, além de procedimentos cirúrgicos e tratamento em hospitais habilitados em oncologia, como prevê a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC). Dentre os exames estão: biópsia de próstata, ultrassonografia de próstata por via abdominal, ultrassonografia de próstata (via transretal) e a dosagem de antígeno prostático específico.
PNAISH
Um dos eixos prioritários da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é o de acesso e acolhimento, com uma proposta inclusiva, na qual os homens considerem os serviços de saúde como espaços masculinos e, por sua vez, os serviços reconheçam os homens como sujeitos que necessitam de cuidados.
Ressalta-se que a ampliação do acesso da população masculina aos serviços de APS pode colaborar na detecção precoce de cânceres, como o de próstata, beneficiando o prognóstico e o tratamento.
Novembro Azul
É o nome dado ao movimento internacional de conscientização e alerta sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. O Ministério da Saúde aproveita esse momento para sensibilizar a população masculina sobre as principais ações de prevenção de doenças e cuidado integral à saúde, que começa na Atenção Primária, a principal porta de entrada do SUS.
Nas Unidades Básicas de Saúde espalhadas pelo Brasil, os homens encontram informação, atendimento por equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros, odontólogos, dentre outros, aptos a realizarem o diagnóstico e o acompanhamento dessa população em todos os ciclos da vida.
Caso haja diagnóstico de câncer de próstata ou outra doença, o paciente é encaminhado para Atenção Especializada, onde terá acesso aos médicos especialistas, tratamentos e cirurgias, quando forem necessárias.
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